Por Philip Blenkinsop

BRUXELAS (Reuters) - Os ministros das Finanças da Europa e o comissário de Economia da UE minimizaram o risco de contágio do colapso do Silicon Valley Bank (SVB) dos Estados Unidos,çasdaUEminimizamimpactodefalê enquanto as ações de bancos europeus sofreram sua maior queda desde o início da invasão russa à Ucrânia.

O índice bancário pan-europeu STOXX chegou a cair mais de 6% ao longo do pregão, ampliando as perdas de sexta-feira, quando caiu 3,8%. Em dois dias, o índice perdeu quase 9%.

No início de uma reunião de ministros de Finanças do Eurogrupo em Bruxelas, o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, pediu aos mercados que "se acalmem" e o comissário econômico europeu, Paolo Gentiloni, enfatizou não ver risco de contágio para os bancos europeus após o colapso do SVB.

“Há uma possibilidade de contágio indireto, mas no momento não vemos isso como um risco específico”, disse Gentiloni.

O Commerzbank da Alemanha foi o banco mais atingido no índice, caindo quase 13% no pregão, mas o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, disse em Bruxelas que o colapso do SVB "não muda nada" para a Alemanha.

"Tenho fé na economia alemã", disse ele.

O francês Le Maire e seu colega belga, Vincent Van Peteghem, também disseram não ver nenhuma preocupação específica com os bancos de seu país, conforme investidores se desfazem das ações de suas instituições financeiras.

As ações dos bancos franceses Societe Generale e BNP Paribas caíram mais de 6%, enquanto as ações do belga KBC caíram quase 6% pouco antes do fechamento do mercado.

"Não há nenhuma ligação entre as diferentes situações... quando você está olhando para o modelo econômico e o modelo financeiro do BNP Paribas, Société Générale e outros bancos franceses: é radicalmente diferente do modelo do Banco do Vale do Silício", disse Le Maire.

O ministro das Finanças belga, Vincent Van Peteghem, também tentou acalmar os ânimos. 

"Temos um quadro regulamentar europeu e belga muito claro que nos permite saber qual é a situação e que, claro, nos ajuda a manter a confiança no sistema bancário", disse.

Na Espanha, as ações do Sabadell, Santander, BBVA, Caixabank e Unicaja caíram entre 7% e 11% no pregão da tarde.

"Os bancos espanhóis têm uma estrutura de supervisão reforçada e um balanço saudável", disse a ministra da Economia espanhola, Nadia Calvino.

Enquanto isso, o ministro das Finanças irlandês, Michael McGrath, disse que ainda é "primeiro dia" em relação ao impacto do colapso, acrescentando que a Irlanda saúda a aquisição do braço britânico do falido SVB pelo HSBC.

(Reportagem de Philip Blenkinsop)